terça-feira, 1 de junho de 2021

governo do brasil atuara em prol da copa américa ´´ afirma bolsonaro´´

 O presidente Jair Bolsonaro participa da cerimônia de anúncio de contratos de patrocínio da Caixa e das Loterias Caixa com as confederações brasileiras de Atletismo, de Ginástica e de Skate e com o Comitê Paralímpico Brasileiro.Bolsonaro diz que governo atuará por Copa América no Brasil

Jogos estão previstos para o período entre 13 de junho e 10 de julho

O presidente Bolsonaro disse hoje (1º), em Brasília, que, "no que depender do governo federal", a Copa América será realizada no Brasil. Segundo ele, a decisão foi tomada após consulta feita a ministros.

“Fui procurado pela CBF [Confederação Brasileira de Futebol] com a informação de que a Argentina não iria mais sediar a Copa América, e perguntaram se o Brasil poderia sediá-la. A primeira resposta foi 'a princípio, sim'. Conversei com ministros [de pastas] que poderiam estar envolvidos no evento, e eles foram unânimes. Todos deram sinal positivo”, disse o presidente em cerimônia no Palácio do Planalto, destinada à assinatura de contratos de patrocínio com outras confederações esportivas.

Bolsonaro acrescentou: “Considero este um assunto encerrado. Todos os meus ministros são favoráveis à Copa América no Brasil, com os mesmos protocolos das Eliminatórias [da Copa do Mundo] e da Libertadores das Américas. Caso encerrado”.

Na avaliação do presidente, as críticas à realização do evento no Brasil partem de emissoras que não detêm os direitos de transmissão dos jogos. Bolsonaro disse que não vê problema na realização de eventos futebolísticos, caso os times sigam os protocolos, e criticou os veículos midiáticos que, para ele, exageram nas afirmações de que a realização das partidas poderia piorar a situação pandêmica no país. 

“Quando dei sinal verde houve quase uma hecatombe no meio jornalístico, de que estaríamos importando numa nova cepa [do vírus]", disse. A Copa América está prevista para ser realizada entre 13 de junho e 10 de julho.

Senado

A possibilidade de realização da Copa América no Brasil também foi discutida hoje na reunião de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado Federal. O relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), fez um apelo ao jogador Neymar, da seleção brasileira, para que ele se posicione de forma contrária à realização da competição no Brasil.

“Não é esse o campeonato que nós precisamos agora disputar. Nós precisamos disputar o campeonato da vacinação. É esse campeonato, Neymar, que nós precisamos disputar, ganhar, e você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado”, ressaltou logo no inicio da reunião de hoje dedicada a ouvir a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi.

Noticias:https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-06/bolsonaro-diz-que-governo-atuara-por-copa-america-no-brasil

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Covid-19: apoio do BNDES a empresas alcança R$ 154 bilhões em 2020

 Covid-19: apoio do BNDES a empresas alcança R$ 154 bilhões em 2020

Logo do BNDES
Crédito foi para 390 mil empresas geradoras de 9,5 milhões de empregos

 O apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas brasileiras no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus alcançou R$ 154 bilhões no ano passado. Os recursos beneficiaram cerca de 390 mil empresas, que respondem pela geração de mais de 9,5 milhões de empregos. A informação foi divulgada hoje (5) pela instituição.

As primeiras medidas foram tomadas em março de 2020. Na liberação dos valores, o BNDES deu prioridade a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e micro empreendedores individuais (MEIs), que correspondem a 99,6% do total de beneficiários apoiados.

Segundo a instituição, o principal destaque foi o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac) que, desde seu lançamento, no dia 30 de junho, garantiu R$ 92,1 bilhões a 114,5 mil empresas, dos quais R$ 82,3 bilhões destinados às pequenas e médias. Ao todo, 47 agentes financeiros estão habilitados a contratar empréstimos com a garantia do Tesouro Nacional por meio do Fundo Garantidor de Investimentos, que é o modelo do Peac.

Dos R$ 154 bilhões destinados às empresas brasileiras, R$ 20 bilhões foram repassados em março do Fundo PIS-Pasep, administrado pelo BNDES, para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Isso permitiu que pessoas físicas fizessem saques emergenciais e destinassem parte dos recursos ao consumo. “O repasse também ajudou a economia a se reerguer e deu fôlego às pessoas físicas”, destacou o BNDES, por meio de sua assessoria de imprensa.

Um dos empreendedores que receberam recursos do BNDES foi Cristóvão Marques Pinto Júnior, sócio de uma rede de restaurantes de comida italiana em Manaus. Com a pandemia, ele chegou a pensar em abandonar o negócio, mas decidiu seguir em frente. Com o financiamento do BNDES, oferecido por intermédio do Banco Safra, Cristóvão Marques conseguiu suprir o pagamento da folha de salários e comprar novos equipamentos. “Esse crédito ajudou muito. Ajudou a não deixar meu sonho morrer, a continuar com ele e inclusive a expandir”, afirmou.

Linhas emergenciais

As medidas emergenciais do banco começaram a ser anunciadas no dia 22 de março. A linha Crédito Pequenas Empresas, que oferece crédito para capital de giro, e que já aprovou R$ 9,1 bilhões, apoiando 27,5 mil empresas, foi uma delas.

O Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Pese) aprovou, em duas etapas, R$ 8 bilhões em crédito para pagamento da folha de salários de funcionários e quitação de verbas trabalhistas. A linha Peac Maquininhas, voltada para empréstimos oferecidos por agentes financeiros com base nas vendas feitas por meio das maquininhas de cartão, chegou a R$ 3,1 bilhões aprovados para 109 mil empreendedores.

O BNDES Audiovisual (FSA), outra linha emergencial criada para o financiamento a salários, gastos com fornecedores e manutenção da atividade fim das empresas pertencentes à cadeia produtiva do setor audiovisual, apoiou 11 empresas que empregam mais de 7,5 mil pessoas com R$ 246 milhões.

O banco aprovou também R$ 20 milhões não reembolsáveis para apoio a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) realizados em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e destinados a atender às necessidades do sistema de saúde do país, ajudando no combate à pandemia.

O Programa BNDES Crédito Cadeias Produtivas concedeu financiamento para capital de giro à cadeia produtiva de grandes empresas, formada majoritariamente por pequenas e médias empresas, atendendo às necessidades de liquidez de 211 empresas, com o montante de R$ 117 milhões.

Mais segmentos

Também as grandes empresas foram atendidas pelas linhas de crédito do BNDES. O banco promoveu a suspensão de pagamentos de financiamentos ao setor privado no total de R$ 13,3 bilhões, beneficiando mais de 29 mil empresas.

Além disso, um consórcio formado pelo BNDES e mais 15 instituições financeiras contratou R$ 15,3 bilhões na Conta Covid, para financiamento ao setor elétrico, de forma a evitar um aumento maior imediato das tarifas durante a pandemia.

No setor público, as ações emergenciais atingiram R$ 3,9 bilhões em suspensões de pagamentos de estados e municípios. O BNDES acelerou ainda a liberação de financiamentos contratados por estados no total de R$ 225 milhões.

Para o setor de saúde, o Programa Salvando Vidas, de financiamento coletivo para a compra de material insumos e equipamentos para santas casas e hospitais filantrópicos, arrecadou R$ 78 milhões. Desse valor, a metade foi aportada pelo BNDES.

Já as aprovações do Programa de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus somaram R$ 309 milhões para o setor de saúde, contribuindo para a abertura de 2.900 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria; aquisição de 1,7 mil equipamentos médicos, como monitores e ventiladores pulmonares; 4 milhões de kits de diagnóstico contra a covid-19 e 58,4 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs).


Noticia: Agência Brasil

 

 


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Sem pacientes na UTI ,hospital em marabá encerra as atividades.

 

Estado encerra atividades do Hospital de Campanha em Marabá.

Sem pacientes na UTI a unidade será desativada, mas os pacientes de Covid-19 têm atendimento garantindo no Hospital Regional Público do Sudeste

O Hospital de Campanha instalado no município de Marabá, no sudeste paraense, para atender pacientes de Covid-19, encerrou as atividades nesta segunda-feira (30). A unidade atendeu 1.077 pacientes desde quando começou a funcionar no Carajás Centro de Convenções, em 14 de abril deste ano, como parte da estratégia do Governo do Pará de combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus. Nesse mesmo período, foram registradas 1.011 altas, 34 transferências e 300 óbitos. Antes do encerramento, estava com uma taxa de ocupação de 5%.

O Hospital dispunha de 120 leitos, sendo 75 clínicos e 45 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em uma área de 4 mil metros quadrados, e contou com o empenho de 185 profissionais de saúde, que atenderam pacientes de vários municípios das regiões sul e sudeste. Nos últimos oito dias de funcionamento, o Hospital de Campanha não registrou internações em UTI. A retaguarda para novos casos de Covid-19 será feita pelo Hospital Regional Público do Sudeste do Pará, também na sede municipal de Marabá, com 30 leitos de UTI e 10 leitos clínicos exclusivos para pacientes com a Covid-19. O Hospital Regional integra a rede de unidades de saúde do Governo do Pará, com atendimento totalmente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

"Dever cumprido" - “Durante o período em que esteve em atividade, garantimos que a população da Região de Integração Carajás, com sintomas e problemas respiratórios, pudesse ter o atendimento adequado. Assim, considero que estamos com a sensação de dever cumprido, por estar encerrando um ciclo de um hospital de campanha criado em meio a uma pandemia, e que salvou centenas de vidas”, frisou o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho. 

O Hospital de Campanha em Marabá é o quarto a encerrar as atividades no Pará. O primeiro foi o Hospital de Campanha instalado em Breves, no Arquipélago do Marajó, que encerrou o atendimento em 31 de julho. O segundo foi o de Santarém, na região oeste, em 27 de setembro, e o terceiro foi o de Altamira, também no oeste do Estado, em 30 de setembro.

Noticias:https://www.agenciapara.com.br/noticia/23713

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

SESI e SENAI são parte do Brasil que funciona

 SESI e SENAI são parte do Brasil que funciona 

 

Em artigo publicado no jornal O Globo, presidente da CNI destaca o trabalho desenvolvido pelas duas instituições, ao longo de várias décadas, em prol das empresas, trabalhadores e jovens de baixa renda 




Nos últimos tempos, tornou-se recorrente – e, em alguns casos, virou até ideia fixa – a defesa que alguns economistas têm feito em artigos na imprensa (e, mais recentemente, em lives) da suposta necessidade de redução dos recursos destinados às entidades que integram o chamado Sistema S. Propugnam que tais cortes sejam feitos no âmbito da reforma tributária em trâmite no Congresso Nacional, como parte da desoneração da folha de pagamentos das empresas. 

Em razão dessa apregoação, torna-se fundamental alertar a sociedade brasileira sobre os inestimáveis danos que serão impostos a milhares de empresas e a milhões de trabalhadores e jovens de baixa renda, caso tal medida venha a ser implementada, e alcance o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI). 

Há oito décadas, SESI e SENAI contribuem de forma expressiva para o desenvolvimento da indústria e do país. Neste período, o SENAI transformou-se no maior complexo de educação profissional da América Latina, com 2,3 milhões de matrículas anuais – 67% das quais com gratuidade. 

Desde que foi criada, já formou mais de 75 milhões de trabalhadores, em 28 setores da indústria. Atualmente, possui 583 unidades fixas e 457 móveis, entre as quais dois barcos-escola que atuam na região Amazônica, levando educação profissional gratuita para moradores de comunidades ribeirinhas localizadas em áreas de difícil acesso. 

Presente em 3.270 municípios, a instituição emprega 28,3 mil profissionais das áreas de educação profissional, tecnologia e inovação. Uma demonstração da excelência o ensino que ministra foi o 1º lugar que seus alunos conquistaram em 2015 na WorldSkills, a olimpíada internacional de educação profissional, à frente de equipes de países que são referência em educação, como Coreia do Sul e Alemanha. Na edição de 2017, eles ficaram no 2º lugar geral, concorrendo com estudantes de 62 países.  

O SENAI também tem contribuído de forma expressiva para a inserção de empresas nacionais na 4ª revolução industrial, também conhecida como Indústria 4.0. A entidade possui 58 institutos de tecnologia, que prestam serviços de metrologia, testes de qualidade e processos produtivos, e realizam cerca de 1,5 milhão de ensaios laboratoriais por ano. Nos últimos anos, foram investidos R$ 3 bilhões na implantação da maior rede de inovação industrial do país. 

Em parceria com indústrias, startups e renomadas instituições internacionais – como o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos –, os 26 Institutos SENAI de Inovação já desenvolveram diversos equipamentos e soluções inovadoras, tais como nanossatélites, robôs submarinos autônomos e tintas nanorregenerativas. 

O SESI, por sua vez, oferece educação básica e continuada para trabalhadores da indústria, tendo realizado, apenas em 2019, cerca de um milhão de matrículas – um terço das quais gratuitas. Suas escolas apresentam os melhores desempenhos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), com índices superiores aos de escolas municipais e estaduais. São também a principal referência nacional em cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA). 




Outro foco de sua atuação são programas de saúde e a segurança no trabalho, com ações que, apenas no ano passado, beneficiaram 4,3 milhões de pessoas – incluindo aplicação de quase um milhão de doses de vacinas. A instituição mantém, ainda, nove centros de inovação, que desenvolvem tecnologias voltadas para a melhora do bem-estar dos trabalhadores. Ao todo, possui 116 unidades de vida saudável e 526 escolas, que empregam 34,5 mil profissionais das áreas de educação, saúde e segurança do trabalho, cultura e ação social. 

Um eventual corte nos recursos que financiam ações dessas entidades significaria reduzir, na mesma proporção, oferta de cursos de educação profissional para milhões de jovens e trabalhadores, agravando ainda mais o problema da produtividade no trabalho no país. A situação seria ainda mais dramática neste momento em que, em decorrência da pandemia da Covid-19, o Brasil enfrenta uma crise econômica e sanitária sem precedentes, com milhares de empresas em situação de insolvência e milhões de desempregados e jovens sem qualquer perspectiva profissional.  

Ressalte-se que o trabalho desenvolvido por SESI e SENAI tem um elevado grau de reconhecimento por parte da população. Pesquisa do Ibope revelou que mais de 90% dos entrevistados consideram ótimos ou bons os diversos serviços prestados pelas duas instituições. 

Outro levantamento mostra que nove em cada dez empresas industriais dão preferência para a contratação de ex-alunos do SENAI, nos diversos segmentos, em função da excelência da formação deles. Atualmente, a entidade é responsável pela capacitação de 95% da mão de obra empregada na indústria nacional, sendo que 80% dos técnicos que forma são das classes C, D e E. 

É importante destacar, ainda, que as contribuições destinadas a SESI e SENAI representam uma minúscula parte dos encargos que recaem sobre as folhas de salários das médias e grandes indústrias. Milhões de micro e pequenas empresas, maiores geradoras de empregos no país, utilizam sem ônus os serviços das duas entidades. 


Portanto, o saldo do corte de tais recursos certamente seria negativo, dado que as companhias teriam que lançar mão de outras fontes para qualificar e promover a saúde e a segurança de seus trabalhadores. A não ser que aqueles que, sem conhecimento de causa, defendem o corte nas contribuições estejam querendo transferir recursos dessas entidades, que atendem majoritariamente integrantes das classes C e D, para instituições voltadas para as classes A e B – o que é inadmissível. 

Por todo o exposto, é possível depreender que uma eventual redução nas receitas que hoje sustentam o SESI e o SENAI, orientada por um lógica meramente fiscal, descontinuará um inestimável trabalho desenvolvido, ao longo de várias décadas, em prol de milhares de empresas e de milhões de trabalhadores e jovens de baixa renda de todos os recantos do Brasil. 

Diante de tais ameaças, mais do que nunca é crucial que, não apenas seus beneficiários diretos, mas toda a sociedade, ajude a defender estas que estão entre as instituições que, verdadeiramente, funcionam no país. 


Noticia: CNI