Mercado reduz estimativa de crescimento da economia para 0,82%
Publicado em 08/07/2019 - 09:08
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil Brasília
A
estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano
continua em queda. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central
feita junto a instituições financeiras, a projeção para a expansão do Produto
Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país –
desta vez foi reduzida de 0,85% para 0,82%. Foi a 19ª redução consecutiva.
Para
2020, a expectativa é que a economia tenha crescimento maior - de 2,20% -, a
mesma da semana passada. A previsão para 2021 e 2022 permanece em 2,50%.
A
estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), se manteve em 3,80% este ano. A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
A
projeção do mercado financeiro para a inflação em 2020 é de 3,91%. A meta para
o próximo ano é de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para
cima ou para baixo.
Para
2021, o centro da meta de inflação é 3,75% e para 2022, 3,5%, também com
intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. A previsão do mercado
financeiro para a inflação em 2021 e 2022 permanece em 3,75%.
Taxa básica de juros
Para
alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento
a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 6,5% ao ano pelo
Comitê de Política Monetária (Copom).
Ao final
de 2019, as instituições financeiras esperam que a Selic esteja em 5,50% ao
ano, mesma projeção da semana passada.
Para o
fim de 2020, a expectativa é que a taxa básica seja de 6% ao ano e, no fim de
2021 e 2022, chegue a 7,5% ao ano.
Quando o
Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e
estimulando a atividade econômica.
Edição: Kleber Sampaio
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