Regras de
Satya Nadella para AI são bem diferentes das Três Leis da Robótica
Juliana
Américo 29/06/2016 10h57 Inteligência Artificial Robôs
As Três Leis da Robótica do
escritor Isaac Asimov, por mais que sejam ficção, são o mais próximo que já
chegamos de controlar o avanço dos robôs em uma tentativa de não destruírem a
humanidade.
Em suas histórias, os robôs tinham que seguir três
regras fundamentais:
- 1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
- 2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
- 3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
Mais tarde Asimov acrescentou a
“Lei Zero”, que diz que “um robô não pode causar mal à humanidade ou, por
omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal”.
No entanto, com os recentes
avanços na inteligência artificial, cientistas da computação e empresas de
tecnologia estão começando a considerar seriamente as regras que realmente
precisam ser determinada para nos proteger de robôs e da inteligência
artificial.
O CEO da Microsoft, Satya
Nadella, listou os seis "princípios e objetivos" que ele acredita que
a pesquisa de AI deve seguir para manter a segurança da sociedade. Ao contrário
de Asimov, que lista as regras que os robôs devem seguir, Nadella determina
regras para a indústrias e cientistas que estão construindo os sistemas.
As regras são:
1. A
inteligência artificial deve ser projetada para ajudar a humanidade: Nadella
diz que as máquinas que trabalham ao lado dos humanos devem fazer o "trabalho
perigoso, como a mineração", mas ainda "respeitar a autonomia
humana."
2. A
inteligência artificial deve ser transparente:
"Nós não queremos apenas máquinas inteligentes, mas máquinas
inteligíveis", diz Nadella. "As pessoas devem ter uma compreensão de
como a tecnologia vê e analisa o mundo."
3. A
inteligência artificial deve maximizar as eficiências sem destruir a dignidade
das pessoas: "Nós precisamos ampliar, aprofundar e
diversificar o envolvimento da população na concepção destes sistemas. A
indústria de tecnologia não deve ditar os valores e virtudes deste
futuro."
4. A
inteligência artificial deve ser projetada pensando na privacidade: Nadella
pede "proteções sofisticadas de informações pessoais e de grupos."
5. A
inteligência artificial deve ter responsabilidade algorítmica: os seres
humanos devem ser capazes de desfazer qualquer dano não intencional no
sistema.
6. A
inteligência artificial deve se proteger contra viés: os
desenvolvedores devem se certificar de que a inteligência artificial não será
usada para discriminar as pessoas.
O executivo ainda questiona se a
automação não irá prejudicar a economia, com as pessoas perdendo seus empregos
para os robôs, e sugere uma necessidade urgente de se discutir isso com a
comunidade.
Via The Verge
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